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Meu mundo de palavras soltas

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Quando escrevo, mergulho num mundo só meu Sem a necessidade de vir à tona pra respirar Pois lá, no meio das minhas palavras soltas e perdidas Há o fôlego que necessito para o fluir da minha escrita.  É como se minh'alma pudesse tocar o chão e o céu ao mesmo tempo Onde as letras criam vida e tomam proporções inimagináveis Onde o poder da graça que me alcançou, fosse tangível aos meus dedos E o calor do fogo consolador, abrandasse os dias frios das minhas perturbações. Lá eu, nasço, cresço, vivo e morro Crio, faço, desfaço, de novo e de novo Onde cada um tem seu lugar especial dentro da minha mente Lembranças, sorrisos, tristezas e até de repente Seu próprio quarto com chave permanente. E quando o sufoco começar apertar meu peito Olho pro lado, fica turvo e perco o jeito Nado lentamente até margem do meu mundo imaginário Me despeço com um beijo, um até breve e fecho a porta do armário. Carrego comigo essa chave da alma literata Que me abre as portas de um lugar o

Em duas mãos o instante

       "Caminhos que se perdiam,         Buscavam por quem sonhava         Perdia-se minutos, criava-se tempos         De amores esquecidos, a serem despertos         O olhar ansiava horizontes         Os pensamentos, profundidade         Agora silenciava os ventos         A carregar pequenas folhas ...         No lugar onde habitavam devaneios         surge uma nova esperança         de compartilhar sonhos perdidos         e imaginários antes nunca relevados         Laços fraternos de um solo distante         unem-se em favor do pensar         mostrando a unidade das palavras         como uma melodia escrita ao luar         Como se uma estrela desenhada         A um infinito firmamento         Que se faz em praia vasta         De sonhos realizados, e jogados ao profundo mar         Como o vento que sopra ao dia,         Trazendo a noite solstícia         Eternizando momentos únicos         Para que o sempre, seja o instante." Poema escrito em

A VIVIDA VIDA!!!

Ames-me, não sou um louco!   Que da vida fiz tão pouco,   Uma existência pra amar Cada dia tem uma aurora, E não é pensando em outrora  Que vivo a caminhar. Carrego os meus pensamentos Livres do medo e temor, A incerteza da cidade Não provocam ansiedade... Pra quem só constrói amor. Tenho a cabeça áerea  E por vez, me encontro a vagar,  Não levo a vida por séria.... Porque entre tantas misérias, Nestes caminhos aprendi andar. Já passei por tantos anos E experimentei desenganos, Nesta longa caminhada,  Por tudo isso eu confesso, Que agora mudei o processo E em paz construo a jornada. A preocupação da vida, Dá “Stress” e traz fadiga Pra quem quiser aqui perpetuar... Veja bem!....é só uma passagem, Uma brisa, uma miragem... Que tentam nos enganar.  Somos como a flor da jardim, Que hoje seu perfume irradia Amanhã, murcha e chega ao fim E acaba toda a alegria.!!!!!  Enéas C. Lara

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Lisi Prestes

Primevera

De longe avisto Ipês coloridos cobrindo as copas de árvore em flor trás consigo a primavera um cheiro doce de amor Lembranças de ontem e hoje renascem dentro de mim saudades do que nunca veio saudades de amor sem fim Primavera de vento norte coisa linda do pago sul vento norte e mate amargo regado num céu azul Pelo pasto o potro relincha e vacas com cria ao pé meu Rio Grande, vista linda com povo de amor e fé Os campos verdes de esperança brilham Beijados pelo sol de um campo vasto Primavera da saudade eterna dos versos que hoje eu faço. set 2006

Lua Serena

Alva e resplandecente, és tu lua de verão Brilhas a mim com as estrelas De longe avisto teu clarão Vento morno no meu rosto balança meus longos cabelos Quero andar baixo tua tua luz no brilho do teu apelo Lua linda, lua serena quem em ti pôs os pés no céu lua cheia da noite quente no teu brilho não há labéu. Inspiração da jovem poeta escrevendo à luz da lua poderias ser muito mais vista se não fosse a luz da rua. fev 2006

Céu de Vinho

N'aurora que pinta o céu de vinho o vento minuano entremeia meus cabelos longos e negros como a noite escura como se fosse o céu, de nova a lua Vagueio por ruas distantes das vistas conhecidas de meu pago, à andar despacio  Pensamentos ao longe, trazendo à memória tristes dias  de glória que trago Ando por aí sem me dar conta que a vida me sobra a cada dia que as coisas que eu tenho são poucas são minhas e de mais ninguém pois cada palavra que trago são rastros de esperança pra alguém Se eu não tenho mais esperança se meus sonhos são como criança que o realmente importa afinal? Ao andar pelas ruas , com minh'alma nua me resta o consolo, do clarão matinal.